sábado, janeiro 27, 2007

As minhas Orquídeas







(fotos de Ana Kurika)
De facto o clima está diferente.
O calor excessivo de Dezembro apressou o seu crescimento e depressa deram flor. E agora este frio intenso, vai provocar feridas nas suas pétalas delicadas.
Outros tempos... outras marés!
Um bom fim de semana
Beijinhos

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Festa das Fogaceiras

Dia 20 de Janeiro


A Festa das Fogaceiras, a mais emblemática festividade do concelho de Santa Maria da Feira completou, em 2005, quinhentos anos de história, marcados pela devoção do povo das Terras de Santa Maria da Feira.

Esta festa teve origem num voto ao mártir S. Sebastião, em 1505, altura em que a região foi assolada por um surto de peste que dizimou parte da população. Em troca de protecção, o povo prometeu ao santo a oferta de um pão doce chamado fogaça. E, todos os anos seria feita uma procissão onde raparigas honestas e pobres da vila transportariam o pão (Fogaça) à cabeça que seria oferecido às gentes necessitadas.


S. Sebastião, que segundo a lenda padeceu de todos os sofrimentos aquando do seu martírio em nome da fé cristã, tornou-se, assim, o santo padroeiro de todo o condado da Feira.

A fogaça é um pão doce tradicional de Santa Maria da Feira, cujas primeiras referências conhecidas aparecem nas inquirições de D. Afonso III, no sec. XIII (1254-1284) em que era utilizada como pagamento de foros.

O seu formato estiliza a torre de menagem do castelo com os seus quatro coruchéus.

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Vai uma fatia?

Quentinha com chá, é um bom lanche.

Beijinhos

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domingo, janeiro 14, 2007

Santa Maria da Feira

(foto tirada da net)
A região da Feira possui vestígios muito antigos, como por exemplo, castros pré-romanos e vias datadas do período em que o Império Romano ocupou a região. Estas vias ligavam Lisboa a Braga e o Porto a Viseu, e continuaram a ser usadas na Idade Média e, muitas delas, estão visiveis até aos dias de hoje.

(foto tirada da net)

O Castelo da Feira, permaneceu nas mãos dos Pereira até 1700, quando faleceu o oitavo e último Conde de Feira, que não deixou descendência directa. A partir daí, a Casa da Feira foi incorporada à Casa do Infantado, até à extinção desta última.

No sec. XVIII, o Castelo foi atingido por dois acidentes; Um incêndio em 1722, e o terramoto de 1755. A partir do sinistro, o Castelo da Feira foi abandonado e permaneceu assim até a segunda metade do sec. XIX, e foi quando o município exerceu alguns esforços para a sua recuperação.

No século seguinte, o Castelo passou por várias restaurações e foi aberto ao publico, e ainda declarado Monumento Nacional.


(foto tirada da net)

O rei D. Manuel II (1495-1521) hospedou-se no Castelo da Feira em 1502, e em 10 de Fevereiro de 1514, este rei concedeu foral a atribuir à Feira o título de cabeça das Terras de Santa Maria.

E daí o nome de Santa Maria da Feira.

Merece visita.

Oferece uma vista soberba sobre a cidade.

Os seus jardins convidam a um percurso pedonal.




sexta-feira, janeiro 05, 2007

O Sal das Rosas

(Salvador Dali)
DIANTE DA JANELA, O ROSEIRAL
Testamento enterrado
à sombra do roseiral:
Deixo meu violão
para a balconista da padaria.
A erva benta
para a velha do sobrado.
A chaleira
que chia Villa-Lobos
para Frei Gustavo,
que costura almas
nas manhãs de quarta.
O livro de poesia
de Augusto dos Anjos,
para o cobrador do expresso 022.
Assinado:
A menina dos olhos tristes.
Chico me chamava de Carolina,
mas era só um disfarce.
Sou eu a menina
que viu o tempo passar na janela,
sem ver.
Bárbara Lia